Que episódio extraordinário, Sérgio! 🎙️ Foi um privilégio mergulhar na sua trajetória — desde os plantões no Miguel Couto até as nuances da formação psicanalítica e os debates internacionais na IPA. Adorei revisitar essas histórias de “nick-terapia” emergencial, o trabalho com crianças e adolescentes, e sobretudo sua reflexão sobre masculinidade, polarização e narcisismo ferido. Sua paixão por ouvir o outro e transformar escuta em cuidado é inspiradora.
Psicanalista convive e atua desde 1983 no dia-a-dia com pessoas que sofrem de transtornos mentais, e além do atendimento psicoterápico em consultório particular, cursou o MBA de Gestão de Saúde Executivo Administração pela FGV(2015/2017).
Hoje tive o prazer de bater um papo com o psicanalista Sérgio Eduardo Nick, membro da SBPRJ e ex-vice-presidente da IPA (2017–2021). Logo de cara, Sérgio me lembrou dos velhos tempos de rádio — plantonista em hospitais, “nick-terapeuta” emergencial, ouvindo histórias que iam das vítimas de apendicite psicossomática até pacientes em surto que se acalmavam com uma conversa atenta. Foram essas experiências, ao lado de pioneiros como Roberto Piedade e Maria Anelise, que o levaram a se apaixonar pelo acolhimento clínico e a viver as angústias humanas de forma profunda e direta.
Entramos na formação psicanalítica, onde Sérgio contou como — sem vaga em residência — descobriu na Clínica de Orientação da Infância a beleza do trabalho com crianças: entender o brincar como expressão simbólica, traduzir gestos e defesas, e ver a pequena grande revolução interior que brota do consultório. Falamos das cotas de formação para candidatos de baixa renda, da Clínica Social para atendimentos a quem não pode pagar a tabela particular, e do esforço das sociedades sérias para barrar cursos-relâmpago que banalizam a análise.
No âmbito institucional, conheci os bastidores da IPA: uma rede centenária que une psicanalistas em mais de 50 países e só recentemente autorizou atendimentos online — fruto de cinco anos de debate sobre tradição versus necessidades contemporâneas. Sérgio também relembrou o desafio (e orgulho) de trazer o primeiro Congresso Internacional de Psicanálise ao Brasil, em 2005, e de viajar o mundo aprendendo com colegas da Islândia ao Japão, abraçando a diversidade de culturas e estilos clínicos.
E, claro, não poderia faltar nossa conversa sobre narcisismo ferido, polarização social e masculinidade cuir — esse caleidoscópio de identidades que vai do macho alfa ao homem sensível, passando por todas as nuances internas que herdamos de mães, pais e gerações anteriores. Sérgio lembrou que reconhecer e dar lugar a essas emoções é o primeiro passo para reduzir o ódio, a intolerância e o vazio existencial que agridem nosso convívio.
Se você quer entender de dentro como a psicanálise se renova e abraça o mundo moderno — sem abrir mão do encontro olho no olho — este episódio é essencial. Inscreva-se, ative o sininho e venha mergulhar comigo nesta viagem pelo inconsciente humano!
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