Obrigado, Drª Fernanda Paiva e Drª Luciana Leone, por nos lembrar que, no direito de família, cada contrato é também uma história de vida, e que a empatia, o diálogo e o planejamento são os verdadeiros alicerces para transformar conflitos em cuidado. Até o próximo EscutaCast!
Psicanalista convive e atua desde 1983 no dia-a-dia com pessoas que sofrem de transtornos mentais, e além do atendimento psicoterápico em consultório particular, cursou o MBA de Gestão de Saúde Executivo Administração pela FGV(2015/2017).
Eu recebi as doutoras Fernanda Paiva e Luciana Leone no EscutaCast para uma conversa verdadeira sobre como direito de família e saúde mental se entrelaçam no dia a dia. Logo de início, elas me mostraram que, antes de tudo, escutar é o maior ato de cuidado: cada cliente traz uma história única, emoções profundas e expectativas que vão muito além das cláusulas jurídicas.
Falamos sobre luto duplo – o do divórcio e o da morte – e como o planejamento sucessório oferece tranquilidade ao colocar em ordem testamentos, holdings e diretivas antecipadas de vontade. Fernanda contou como ajudou uma senhora casada há 60 anos a garantir um padrão de vida digno após o pedido de divórcio, equilibrando bens e expectativas com alimentos compensatórios; Luciana explicou a surpresa de muitos ao descobrir que instituir uma holding não serve para todos, mas pode ser luz para famílias com patrimônio complexo.
Em cada detalhe, elas lembraram que o “problema jurídico” é, na verdade, 90% emocional: foi emocionante ouvir como recomendam terapia individual e de casal para que acordos sejam firmados de coração aberto, evitando que disputas se transformem em confrontos destrutivos. Descobrimos ainda que guarda compartilhada de pets, conflitos entre ex-parceiros e microdesalinhamentos no dia a dia pedem soluções criativas e empáticas, longe de fórmulas prontas.
Ao final, percebi que advogar, para elas, é mais do que litigar: é oferecer suporte para que cada pessoa reencontre a própria força, repense promessas de vida e abrace novas possibilidades. Saí dessa conversa inspirado a valorizar ainda mais a escuta e a empatia em tudo o que faço – e espero que você se sinta convidado a fazer o mesmo.
Converse conosco