Conduzir este episódio foi uma honra. Obrigado, Dr. Bruno Lifchitz, por nos lembrar que, além da técnica, é a escuta atenta e o respeito às histórias de cada mulher que fazem da obstetrícia um verdadeiro ato de cuidado. Até o próximo EscutaCast!
Psicanalista convive e atua desde 1983 no dia-a-dia com pessoas que sofrem de transtornos mentais, e além do atendimento psicoterápico em consultório particular, cursou o MBA de Gestão de Saúde Executivo Administração pela FGV(2015/2017).
Nessa edição do EscutaCast, recebi o Dr. Bruno Lifchitz, ginecologista, obstetra e sexólogo, para uma conversa que ultrapassou as fronteiras da medicina convencional. Logo de cara, ele me levou de volta aos corredores do hospital público onde formou centenas de estudantes — memórias de plantões em que cada bebê trazido ao mundo era também uma lição para quem estava aprendendo a arte de cuidar. Foi ali, entre emergências e partos de alto risco, que Bruno descobriu a importância de ouvir: a escuta empática, aquela capaz de transformar o medo em acolhimento e a angústia em esperança.
Em nossas trocas, ele relembrou como cada gestação complicada se tornou um convite à sensibilidade. Compartilhou histórias de pacientes que encontravam, no seu olhar atento e na informação cuidadosamente dosada, o alento necessário para enfrentar exames e prognósticos incertos.
O papo ganhou ainda mais profundidade quando Bruno falou de seu papel de professor e pesquisador. Ele recordou com carinho os debates em sala de aula, os artigos publicados e as horas de supervisorias — sempre reforçando que a clínica integral só acontece quando reconhecemos as nuances emocionais de cada história. Para ele, cada consulta era uma oportunidade de olhar além do exame físico, enxergar medos ocultos, sonhos guardados e, por vezes, traumas que só se revelavam entre palavras e silêncios.
Se você acompanhou este bate-papo, sabe que foi um convite a olhar o cuidado obstétrico com novos olhos. E, se ainda não ouviu, agora é a hora de se deixar inspirar por histórias que nasceram, cresceram e, muitas vezes, se transformaram no silêncio de uma escuta acolhedora.
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